segunda-feira, 22 de agosto de 2022

 Livro de Josué é tema do mês da Bíblia

           Todos os anos, por ocasião do Mês da Bíblia, a Comissão para a Animação Bíblico-Catequética propõe um texto de estudo para oportunizar “a mais ampla educação bíblica possível”. Em 2022, o livro escolhido é o de Josué e o lema bíblico inspirador é “O Senhor, teu Deus, estará contigo por onde quer que vás” (Js 1,9). 

         O "Mês da Bíblia" é uma atividade da Igreja do Brasil, iniciada em 1971, e pretende ser um tempo privilegiado para aprofundar o estudo de um livro ou uma temática bíblica. O motivo principal para a escolha do Livro de Josué é a comemoração dos 200 anos da "Independência do Brasil" (1822). Desse modo, esperamos também refletir sobre a importância da terra na nossa história, alimentar a esperança e perceber em toda a trajetória do povo brasileiro a presença benevolente de Deus.

        O Livro de Josué, no Antigo Testamento (AT), dá início aos livros denominados históricos, sendo o primeiro na sequência dos escritos bíblicos após os livros que compõem o Pentateuco. O tema central do Livro de Josué é a entrada do povo de Deus na Terra Prometida, após a longa travessia pelo deserto, em busca da libertação da escravidão do Egito (Ex-Dt) e do cumprimento das promessas feita aos patriarcas e matriarcas (Gn 12-50).

         O compromisso do mês da Bíblia é o estudo do Livro de Josué. Motive as lideranças e os participantes das Comunidades para maior aproximação da Palavra através do conhecimento do Livro de Josué. Divulgue e da participe nos espaços de formação orferecidos pelas Paróquias e Diocese.

 

Vocação acertada, vida realizada

               O Mês Vocacional, celebrado em agosto, quer ajudar toda a Igreja a testemunhar o centro da fé cristã. “Jesus está ressuscitado, venceu a morte e Ele nos chama para ser sua testemunha no meio deste mundo”.

  “Que este Mês Vocacional possa aquecer o coração de cada pessoa, de cada cristão para esse despertar vocacional de toda a Igreja. A Igreja vive a vocação sempre como graça e missão porque Jesus está vivo e nós somos testemunhas”, afirma a Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. Em 2022, o tema escolhido para celebrar o Mês Vocacional é “Cristo Vive! Somos suas testemunhas” e o lema é “Eu vi o Senhor!” (Jo 20,18).

   Vocação vista como resposta ao chamado de Deus a cada batizado e a toda batizada. Todos têm vocação. Ninguém fica sem receber um ou vários chamados, para realizar a sua vocação. Muitos não dão a sua resposta.

   E vocação na Igreja não é só para ser padre e ou religioso ou religiosa. Vocação é assumir a sua missão como cristão, dentro e fora do âmbito eclesial, sendo sal da terra e luz no mundo. Está aí um grande desafio dos cristãos serem protagonistas de uma identidade cristã dentro das relações do mundo de hoje: na família, no trabalho, na política e na economia, nas ciências e nas artes, na educação, na cultura e nos meios de comunicação social.

 Os cristãos - todos os cristãos - são chamados a ser testemunhas de fé, santidade e ação transformadora. No dia em que os cristãos - todos os cristãos - assumirem a sua vocação, o seu ser fermento, sal e luz no mundo não haveria mais corrupção, nem fome e miséria, nem violência e intolerância.

sábado, 9 de abril de 2022

 Como viver a Semana Santa

Com a Semana Santa, que tem seu início no Domingo de Ramos, terminam os quarenta dias da quaresma e começa nossa caminhada para celebrarmos os mistérios mais importantes da fé cristã.

Esta semana é tão importante para os cristãos que a chamamos de “santa”. Mas nem por isso ela é santificada pela maioria. Para muitos, é um belo feriadão, para passear, descansar, visitar amigos e parentes, pescar, viajar, ir “prá fora”... No Uruguai é a semana nacional do turismo... Nisto ela se torna uma semana como muitos outras em que existem prolongados feriadões.

Para os que têm fé, porém, esta semana deve ser santificada. E a melhor maneira de fazê-la é mergulhando na pessoa de Jesus Cristo. Uma sugestão é participar das atividades e celebrações na sua Paróquia. Para os católicos, ela começa com a Bênção e a Procissão dos Ramos, lembrando a entrada de Jesus em Jerusalém, na véspera de sua Páscoa.

Este ano estamos celebrando a Campanha da Fraternidade sobre a educação. Também vivemos em meio a muitas violências e guerras. Por isso, é o momento de caminharmos e rezarmos pedindo pela paz em nosso meio, paz em nosso país, paz em nosso mundo. Ao carregarmos em nossas mãos ramos, ervas, flores, bandeiras brancas, estamos pedindo ao Cristo, nossa Paz, que nos ajude a acabar com todas as formas de violência e discriminação, ódio e corrupção, que não nos deixam ser irmãos.

Outra sugestão é lermos e meditarmos o evangelho de Lucas, especialmente os capítulos 22, 23 e 24. E se tiverem tempo sugiro também o evangelho de João, especialmente os capítulos 13 a 18, que fala da “hora de Jesus”, o lava-pés, as últimas palavras de Jesus e a oração sacerdotal.

Claro, e a participação no tríduo pascal, Quinta, Sexta e Sábado Santo, para podermos celebrar, com intenso júbilo e fé, a Ressurreição do Senhor, sua Páscoa definitiva e certeza de nossa Páscoa.

Que os pais e avós celebrem também a Páscoa em clima de alegria e sentido cristão em família. Que os pobres sejam lembrados, os doentes visitados, o perdão acolhido, pedido e dado.

Que não falte o compromisso de fazer a Páscoa acontecer para além da semana santa, todos os dias, toda a vida, todo o nosso existir

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

 

Fala com sabedoria, ensina com amor!

   
      
Fraternidade e Educação, este o tema da Campanha da Fraternidade 2022, que tem como lema: Fala com amor, ensina com sabedoria, inspirado no livro de Provérbios 31,26.

           Educar é um ato de amor e de esperança no ser humano. A grande missão da educação é fazer pensar.

            A educação não pode ser entendida ou reduzida somente ao espaço escolar, enquanto transmissão de conteúdo, mas deve ser compreendida no seu horizonte mais amplo. “A Campanha da Fraternidade nos recorda que educar não é um ato isolado. É encontro no qual todos são educadores e educandos. É tarefa da própria pessoa, da família, da escola, da Igreja e de toda sociedade. Afinal, como nos ensina o conhecido provérbio de origem africana: é preciso uma aldeia para educar uma criança” (Texto-base: apresentação)

            É hora de perguntar-nos: que educação nós queremos? Que mundo, que país nós queremos? As respostas a estas perguntas irão nortear nosso trabalho, nossa metodologia, nossas ideias (ideologia), nossa pedagogia, nosso conteúdo.


        O cartaz da Campanha da Fraternidade é inspirado em João 8,1-11 (o episódio da mulher pecadora). Nessa cena, Jesus, como mestre e pedagogo, não polemiza nem acirra os ânimos, mas manifesta a imensa misericórdia do Pai, conduzindo a todos a uma reflexão sobre o drama das fragilidades humanas. Daí tiramos duas lições: o valor da pessoa humana como princípio da educação e o ato de correção, que é conduzir ao caminho reto.


 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

 

Não tenhais medo!

Natal se aproxima, é tempo de amor,

renasce a esperança e um novo vigor.

        Esse longo tempo de distanciamento social, que vivemos sob a sombra dos efeitos da pandemia da COVID-19, trouxe inúmeras consequências para a vida de milhões de pessoas. Porém, para quem tem fé, este tempo também foi de revigoramento, provação e fortalecimento.

Continuamos num tempo de cuidados e de cuidar. Advento nos coloca na espiritualidade da esperança e da vigilância. Preparamos a vinda do Senhor Jesus, na história e na nossa vida.

Somos convidados a preparar o Natal em família e em comunidade. Não tomados pelo medo, mas marcados pelo presente do amor do Pai por nós.

Não tenhais medo é a fala de Deus para dar coragem a Maria e José, diante das dificuldades e preocupações. Não tenhais medo continua Deus dizendo diante do novo que está diante de nós, num mundo marcado por tantas desigualdades, ódios, violências, negações das verdades e omissões.

Não tenhais medo de esperançar e acreditar que é, sim, possível um mundo novo, diferente, onde a pessoa humana está no centro, onde a vida é respeitada e a Casa Comum é cuidada.

Celebrar o Natal é recordar a presença do Deus vivo no meio de nós, que desce para nos erguer, que se faz pobre para nos enriquecer, que se humaniza para nos divinizar.

 Feliz Natal! Bom 2022.

 

quarta-feira, 10 de novembro de 2021

Sentes compaixão?

 

- V Jornada Mundial do Pobre –

 

           A Jornada Mundial do Pobre foi instituída pelo Papa Francisco para ser celebrada anualmente como compromisso de todos os cristãos para com as obras de misericórdia, no domingo anterior à Solenidade de Cristo Rei. Neste ano, será no dia 14 de novembro. A “comemoração” tem a finalidade de nos lembrar de que os pobres são uma realidade constante e desafiadora para todos nós, como cidadãos e, mais ainda, como pessoas de fé. Os pobres questionam constantemente nossa vida e nossa organização social, econômica e política. Por que há tantos pobres? Por que não conseguem sair da pobreza? O que pode ser feito para que eles consigam superar o estado de pobreza em que se encontram?

        Este ano, diante da expressão pobres sempre tereis no vosso meio (Mt 14,7), somos questionados a nos perguntar: sentes compaixão?, um convite a não ter indiferença frente ao sofrimento das pessoas em situação de vulnerabilidade e à crescente pobreza socioeconômica que assola mais 51,9 milhões de brasileiros e brasileiras.

           Somos convidados a colocar em prática o caminho da santidade, que se dá mediante a proposta das Bem-aventuranças. Este é um compromisso permanente para todos nós, batizados. Toda vida, a vida toda. As bem-aventuranças são nossa carteira de identidade cristã. Todos temos um longo caminho a percorrer.

          Um convite para todos e todas: nesta semana que antecede a Jornada Mundial do Pobre, vamos fazer algum gesto concreto, indo ao encontro de uma pessoa em situação de pobreza e vulnerabilidade. Não só para levar coisas, mas sobretudo para levar a bondade e a misericórdia de Deus. Termos a capacidade de sentar com, ouvir, deixar o outro e a outra falar. Termos a capacidade de escutar mais e falar menos, ver mais, sentir compaixão. Ver no pobre um irmão, ver o próprio Cristo, que nos diz: Eu estava com fome e tu me deste de comer.

 

 

sábado, 4 de setembro de 2021

  Palavra de Deus, Palavra de Vida 

         O Mês da Bíblia 2021 nos traz para estudo e leitura orante a Carta aos Gálatas: “Pois todos vós sois um só, em Cristo Jesus” (Gl 3,28d): Encontros Bíblicos.

Paulo escreve seis capítulos. O centro da carta está em 5,1: “Foi para a liberdade que Cristo nos libertou”. Tudo converge para esse ponto, e o que segue é decorrência. Esse pensamento conclui o que veio antes e dá início ao que vem depois.


A Bíblia deve ser familiar a todos nós. Devemos ser íntimos com a Palavra de Deus.

Cada cristão, cada cristã deve ter a sua Bíblia. Uma boa edição, atualizada, com os recursos que os estudiosos colocam ao nosso alcance. Um bom entendimento do texto bíblico começa com uma boa tradução. Alguns gostam de sublinhar ou marcar os textos mais importantes, fazer anotações... A nossa Bíblia deve ter o nosso cheiro, o nosso jeito.

Depois, precisamos conhecer bem a edição bíblica que temos em mãos. Ver quais recursos que ela nos oferece. Ler a introdução ao Livro a ser estudado, ler as explicações no rodapé, conferir os mapas para localizar geograficamente onde fica, por exemplo, a Galácia. Algumas edições têm o glossário, explicando as palavras mais difíceis.

Quanto mais acessarmos a estes e outros recursos. Mais entenderemos e gostaremos da Palavra Sagrada. O ditado – ninguém gosta do que não conhece -, vale muito para o entendimento da Bíblia.